21.8.09

O sucesso do Melhor Emprego do Mundo


Texto no Correio Braziliense, upload feito originalmente por wagnertamanaha.

Texto publicado no Jornal Correio Braziliense em julho, no espaço do Sinapro, pra divulgar meu curso de Marketing Viral e Redes Sociais. Segue abaixo na integra:

No sábado, dia 27, o Festival de Publicidade de Cannes anunciou seu prêmio máximo (Titanium) para a campanha de Barack Obama à presidência dos EUA. Concordo que o uso inteligente e inovador dos sites de redes sociais como YouTube, Twitter e Facebook, e a cifra impressionante de mais de U$ 500 milhões arrecadados pela internet foi realmente histórico. Mas na minha opinião o sucesso do "Melhor Emprego do Mundo", campanha da Secretaria de Turismo do Estado de Queensland na Austrália, para divulgar a região, teve méritos igualmentes marcantes. Começando com classificados em jornais locais e anúncios em sites de empregos, a notícia correu o mundo e ganhou enorme repercussão junto à jornais, revistas e TV de vários países. Eu mesmo assisti diversas matérias em telejornais brasileiros, falando desde o anúncio da vaga até o andamento do processo de seleção, que atraiu candidatos do mundo inteiro.

Com um investimento de U$ 1,2 milhões - acredito que este custo inclui o salário do felizardo, cujo trabalho será cuidar da ilha, mergulhar e tomar sol durante o expediente - obteve o equivalente a U$ 80 milhões em espaço na mídia, em blogs e sites de redes sociais. No Festival de Cannes, apesar de não vencer o "Titanium", faturou Grand Prix em Cyber, Marketing Direto e na categoria Relações Públicas, inaugurada nesta edição do evento. Mesmo quando ficou evidente que a ação era um "PR Stunt" (planejado para atrair a atenção da imprensa), a mídia continuou repercutindo, desta vez revelando até mesmo o patrocinador da ação, coisa que muitas redações são orientadas a evitar a todo custo. O case "Melhor Emprego do Mundo" colocou em cheque a crença de que o "marketing viral", para funcionar, deve ocultar ou dissimular ao máximo as marcas e suas intenções comerciais, mimetizando um conteúdo espontâneo, ocasional ou mesmo "produzido" pelo consumidor. Nesta linha, vale lembrar os vídeos da Ray-Ban (acrobacias com óculos atirados à distância) e da Nike, com Ronaldinho Gaúcho acertando seguidas vezes o travessão (este último também repercutiu bastante na imprensa tradicional 4 anos atrás).

De qualquer forma, o sucesso destes exemplos deixa claro que a publicidade e a comunicação caminha para uma presença muito diferente da fórmula convencional: comercial de TV e anúncios em jornais e revistas. Assim, números de audiência perdem importância diante do potencial do "marketing boca-a-boca" onde meios digitais, móveis e conteúdo inusitado e surpreendente se integram para ocupar um espaço precioso nas páginas de resultado de busca no Google ou, melhor ainda, na memória e coração dos consumidores.

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