Texto publicado no Jornal Correio Braziliense em julho, no espaço do Sinapro, pra divulgar meu curso de Marketing Viral e Redes Sociais. Segue abaixo na integra:
No sábado, dia 27, o Festival de Publicidade de Cannes anunciou seu prêmio máximo (Titanium) para a campanha de Barack Obama à presidência dos EUA. Concordo que o uso inteligente e inovador dos sites de redes sociais como YouTube, Twitter e Facebook, e a cifra impressionante de mais de U$ 500 milhões arrecadados pela internet foi realmente histórico. Mas na minha opinião o sucesso do "Melhor Emprego do Mundo", campanha da Secretaria de Turismo do Estado de Queensland na Austrália, para divulgar a região, teve méritos igualmentes marcantes. Começando com classificados em jornais locais e anúncios em sites de empregos, a notícia correu o mundo e ganhou enorme repercussão junto à jornais, revistas e TV de vários países. Eu mesmo assisti diversas matérias em telejornais brasileiros, falando desde o anúncio da vaga até o andamento do processo de seleção, que atraiu candidatos do mundo inteiro.
Com um investimento de U$ 1,2 milhões - acredito que este custo inclui o salário do felizardo, cujo trabalho será cuidar da ilha, mergulhar e tomar sol durante o expediente - obteve o equivalente a U$ 80 milhões em espaço na mídia, em blogs e sites de redes sociais. No Festival de Cannes, apesar de não vencer o "Titanium", faturou Grand Prix em Cyber, Marketing Direto e na categoria Relações Públicas, inaugurada nesta edição do evento. Mesmo quando ficou evidente que a ação era um "PR Stunt" (planejado para atrair a atenção da imprensa), a mídia continuou repercutindo, desta vez revelando até mesmo o patrocinador da ação, coisa que muitas redações são orientadas a evitar a todo custo. O case "Melhor Emprego do Mundo" colocou em cheque a crença de que o "marketing viral", para funcionar, deve ocultar ou dissimular ao máximo as marcas e suas intenções comerciais, mimetizando um conteúdo espontâneo, ocasional ou mesmo "produzido" pelo consumidor. Nesta linha, vale lembrar os vídeos da Ray-Ban (acrobacias com óculos atirados à distância) e da Nike, com Ronaldinho Gaúcho acertando seguidas vezes o travessão (este último também repercutiu bastante na imprensa tradicional 4 anos atrás).
De qualquer forma, o sucesso destes exemplos deixa claro que a publicidade e a comunicação caminha para uma presença muito diferente da fórmula convencional: comercial de TV e anúncios em jornais e revistas. Assim, números de audiência perdem importância diante do potencial do "marketing boca-a-boca" onde meios digitais, móveis e conteúdo inusitado e surpreendente se integram para ocupar um espaço precioso nas páginas de resultado de busca no Google ou, melhor ainda, na memória e coração dos consumidores.
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