31.3.10

Coworking ganhando espaços

Em janeiro a revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios publicou a matéria - Uma nova forma de trabalhar - escrita por Rafael Farias Teixeira sobre coworking e, como ele mesmo traduziu, cotrabalho. Pelo que entendi, Rafael visitou 3 endereços em São Paulo/SP e conversou com os empreendedores do Ponto de Contato, The Hub São Paulo e Serralheria.

Rafael tb entrevistou Tony Bacigalupo, criador do espaço cowork New Work City e autor do livro I’m Outta Here: How coworking is making the office obsolete (Estou fora daqui! Como o coworking está tornando o escritório obsoleto). A entrevista - O fim do escritório formal? - começa defendendo que a idéia de compartilhar o espaço de trabalho neste formato surgiu em 2005, criado pelo analista de sistemas Bred Neuberg, nos Estados Unidos, como alternativa para trabalho em casa. Apesar de ser difícil determinar o que exatamente se constitui um espaço de coworking, Tony acredita que nos EUA já existam mais de 100 espaços. Na entrevista, ele avisa:
É um ambiente de trabalho melhor do que sua sala, mais flexível e possivelmente mais barato. É uma ótima forma de se conectar com pessoas talentosas, pessoas com quem você pode trabalhar também.



Ponto de Contato

O repórter conversou também com Fernanda Nudelman Trugilho ( @aFedoPto ), que junto com Daniel Fiker criou o Ponto de Contato em 2008, um investimento de R$ 80 mil, segundo a matéria. Fernanda era publicitária free-lancer e trabalhava no modelo home-office, segundo ela "enfrentando problemas de falta de infraestrutura, de privacidade e, principalmente, de disciplina, de uma separação entre vida pessoal e trabalho". Funcionando em um pequeno prédio no bairro de Pinheiros em São Paulo, abriga empresas e profissionais liberais como Regina Magalhães, criadora e dona da Editora Biografias e Profecias e Bruno Amaro, sócio-diretor da Mona Estratégia Cultural, entre os 16 e 20 usuários do Ponto de Contato. A convivência entre os diferente profissionais é uma das vantagens do coworking, inclusive comercial, como revela Bruno:
Somos cinco, mas acreditávamos que não era preciso alugar um espaço para nossa empresa, nós descobrimos o coworking e achamos muito interessante essa interação com empreendimentos de outras áreas. Uma das vantagens é a possibilidade de novos contatos comerciais.

The Hub São Paulo

Ainda para a revista PEGN, Rafael Farias Teixeira esteve no The Hub SP e entrevistou a coordenadora do espaço Maria Piza, que definiu o conceito do empreendimento, que busca pequenas empresas e trabalhadores focados em inovação e sustentabilidade:
Nós reunimos empresas que buscam lucro, mas também alguma melhoria para o mundo. Aqui é um ótimo lugar para pessoas e empresas alinhadas a esse conceito ou que queiram agregá-lo ao seu empreendimento.
O The Hub tem 140 integrantes, que pagam entre R$ 50 e R$ 665 por um espaço. Entre eles estão Eduardo Freitas, sócio-diretor da empresa EcoAct e Daniel Contrucci e Ricardo Gravita da operadora de turismo sustentável Aoka. Quem tb ocupou o espaço na Rua Bela Cintra até o começo deste ano foi a Amanaie, empresa de aplicativos em Open Social, que hoje compartilha o endereço com a Justmail, uma das empresas de seu novo sócio Gil Giardelli. O que mostra que locais de coworking podem funcionar também como incubadoras, aliás, sobre o The Hub, já tinha postado aqui na época da inauguração: Coworking em SP, teletrabalho e laje.

Serralheria e Casa de Cultura Digital

O repórter Rafael Farias Teixeira tb cita a Serralheria, aberta no bairro da Lapa no final de novembro de 2008 por Juliana Cernea. Visitei o site, onde copiei estes trechos da descrição:
A Serralheria é um espaço voltado ao acontecimento, à criação e aos bons encontros.
Buscamos a pesquisa e a experimentação em diferentes formas de expressão: música, vídeo, performance, artes gráficas, gastronomia e boas conversas… (...) O espaço também pode ser sublocado para locação fotográfica e áudio-visual, palestras e encontros. (...)
Deu a impressão que é um formato menos comum, mais alternativo e artístico de profissionais e empresas em cowork. Sendo assim, vale citar a Casa da Cultura Digital, coletivo que reúne em um mesmo local empresas como Garapa , Fli Multimídia, Esfera, Nunklaki, VJ Pixel, Beijo Técnico, Veredas, Maracá e Gasosa. Ocupando várias casas em uma réplica de uma vila italiana preservada na Barra Funda (álbum Parque Savoia no Flickr), o coletivo existe desde junho de 2009 e no último dia 21 de março sediou a versão local do festival mundial de usuários de Twitter: Twestival Global São Paulo 2010 - Casa da Cultura Digital.

Finalizando, conheci a Fernanda do Ponto de Contato na Conferência Internacional sobre Redes Sociais em Curitiba, ela comentou que tinha muita gente interessada no formato naquela cidade. Pesquisando, descobri o blog Coworking em Porto Alegre, onde o engenheiro Eduardo Schmitt tenta reunir pessoas interessadas em abrir um espaço na capital gaúcha. Quem tb preparou uma pesquisa de 198 páginas sobre o tema foi Alessandra Colla Soletti, diretora de marketing e comunicação da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt), que mantém um blog no endereço Justale.com.br.


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26.3.10

Democracia direta nos partidos e até no TRE

Semanas atrás recebi um spam de um suposto partido pela democracia direta, ou algo parecido, já que não consegui localizar o email original. Fiquei surpreso, não pela abordagem, que neste ano de eleição promete extrapolar, mas sim pelo tema. Na minha opinião, da mesma forma que a pirataria, muito ligada ao conceito do anarquismo e da sociedade sem governo, a democracia direta deixa entender que partidos políticos e organizados da forma que existem hoje podem se tornar obsoletos. No entanto, parece que a defesa de ambas as causas por si só viraram motivos para criação de partidos :-)

Tempos atrás escrevi aqui o post Partido Pirata Brasileiro e, pesquisando sobre o eventual partido da democracia direta, encontrei os sites Democraciadireta.org e a comunidade Democracia Direta Já no Ning.

Democraciadireta.org.egg by wagnertamanaha on Aviary
Democraciadireta.org.egg by wagnertamanaha on Aviary

O primeiro (captura de tela acima) as vezes dá a impressão que vc está em um ARG (Alternative Reality Game) :-) Em torno da defesa da participação direta já existem vários links para sites que defendem e simulam o funcionamento online, aberto e descentralizado de uma bolsa de valores aberta, uma universidade com incubadora de negócios online e até justiça e mediação de conflitos. Não sei até que ponto são ferramentas e serviços online já disponíveis ou um exercício de imaginação, um RPG no estilo do micronacionalismo, etc.

A comunidade no Ning, criado pelo corretor de seguros Anilton de Oliveira, ainda tem poucos membros mas me cadastrei por curiosidade. Lá tb tem um estatuto para um Partido da Opinião Popular. Não sei se ambos os sites estão ligados, de qq forma existe até um blog chamado Movimento pela Democracia Direta, onde encontrei a entrevista do professor Julian Borba publicada em 14/9/2007 no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina - Professor da UFSC fala da democracia direta na era digital - e separei este trecho:
Desde os gregos nunca tivemos tanta possibilidade de uma interação direta entre indivíduos e Estado, como as que agora estão abertas. A democracia direta é viável, é possível, mas a questão que se coloca é se é desejável. A idéia de inclusão do voto eletrônico como uma possibilidade efetiva, ainda gera muitos questionamentos, pelo menos a curto prazo.
Esta palestra do professor no TRE catarinense, onde ele proprio destacava as 17 experiências de orçamento participativo daquele estado, entre as 174 no Brasil naquele momento, pra mim já é um sinal que o próprio governo busca entender a viabilidade do conceito da democracia direta e suas derivações.

Ano de eleições

No meio da avalanche da cobertura política, de campanhas eleitorais e ações em social media com ambição de mimetizar o sucesso da campanha do presidente eleito Obama nos EUA, quem sabe este ano o tema da democracia direta e online seja mencionado pelos candidatos e ativistas. Lembro de ter ouvido promessas como: plataformas que defendem plebiscitos mais frequentes, consultas constantes à população, mandatos compartilhados com eleitores via internet, etc.

No começo do mês, matéria no suplemento Link do Estadão citou várias iniciativas de transparência e participação dos cidadãos em relação as cidades e governos. O site Webcitizen, uma das empresas citadas, reproduz o video Web Cidadania: a Internet a serviço da sociedade. A matéria cita: Urbanias.com, Esfera.mobi, Sacsp.mamulti.com, Votenaweb.com.br, Votoconsciente.ning.com e Cidadedemocratica.com.br.

Pra terminar, vale lembrar a apresentação do Fabio Seixas do Camiseteria, sobre Crowdsourcing e Democracia Direta disponível no Slideshare:

23.3.10

Passar roupas sem ferro e com vapor


Mês passado a Brastemp divulgou a nova Secadora de Roupas com uma ação simulando uma performance e intervenção urbana, que segundo o BlueBus foi criada pela DM9: Patinadora passando roupa em açao da DM9 para Brastemp no YouTube (direçao de criaçao de Sergio Valente, Moacyr Netto, Pedro Gravena, Rodrigo Almeida e Renata Florio). O video tinha 19.283 views dia 8 e hoje alcançava 49.993 exibições. A ação dá continuidade a estratégia que a marca vem adotando desde alguns anos, usando a publicidade de forma não convencional, nesta linha, eu gostei muito do recente Dinner in The Sky (outubro de 2009) e até participei de uma - Microonderia (julho 2008) - quando estava na Espalhe.

Os patins com ferros de passar chamam atenção para a tecnologia passa fácil do novo produto. Não cheguei a ler como funciona, mas pode ser um contraponto à tecnologia de passar roupas com vapor, adotadas por concorrentes como a Suggar (Passadeira a vapor Jet), lojas como a ShopTime (Passadeira a Vapor Fun Kitchen) e pequenos empreendimentos como a Agillisa.

Já tinha escrito sobre o assunto, e a fixação do brasileiro com roupas de fibras naturais e de manutenção trabalhosa, 4 anos atrás no post Máquina de Passar Roupas. Voltando a pesquisar, achei esse post de Juliana Correia - CHEGOOOOOOU a minha Passadeira à Vapor Fun Kitchen!!! - publicado em 10/11/2009, que abandonou o ferro de passar e conta seu teste com a nova aquisição, segue um trecho:
Se você é como eu que não suporta passar roupa, odeia ter que armar a tábua de passar, odeia ter que ficar torta para passar na cama ou afins, sempre se perde e amarrota o verso da roupa quando vira para passar do outro lado e tem uma incapacidade crônica de se acertar com o fio do ferro (que está sempre atrapalhando), essa é a solução. Para mim que odeio e não sei passar roupa, e ninguém passa para mim, ou seja, o meu problema foi sanado! É ÓTIMO para roupas do dia-a-dia! Não precisarei sair mal-passada ou amarrotada por aí!
Sobre a Agillisa, que não é portátil, descobri que a inventora apareceu no Jornal Nacional sobre inventores brasileiros veiculado em 4/10/2002, mas cuja sinopse continua no ar. Segue um copy paste:

Globo Repórter - Máquina de passar roupas

Muitos eletrodomésticos foram inventados, evoluíram e, hoje em dia, pouco se sabe sobre quem fez o quê. A televisão tem pai americano, francês, russo, escocês. É muito pai em pelo menos 80 anos de sucessivas reinvenções.

O ferro de passar precisa de ajuda. Há 1,6 mil anos, os chineses já usavam uma panela de latão com brasa para passar roupa. O ferro de passar dos tempos modernos não é muito mais do que isso.
"No século 21, não dá mais para ficar grudado num fio passando roupa", diz Célia Oliveira, aeromoça aposentada. Palavra de inventora e dona de casa que quer transformar o ferro de passar em peça de museu.
"Nós fizemos uma pesquisa, e 97% das mulheres consideram a tarefa de passar roupa a segunda mais chata e cansativa de todas as tarefas", revela. Arrumar a casa é considerada a pior tarefa doméstica, mas o sonho dos irmãos Oliveira é mesmo o de aposentar o ferro de passar.
"Tenho experiência pela minha esposa, que detesta passar roupa", conta Lupércio Oliveira, irmão mais velho de Célia e técnico em mecânica. Célia voou pelo mundo inteiro como aeromoça durante 18 anos. Tinha sempre que achar um jeito alternativo de passar roupa.
Em cada quarto de hotel, ela ligava a água quente do chuveiro. Porta fechada, roupas penduradas e, meia-hora depois, roupas muito bem passadas pelo vapor do ambiente. "Fui pensando em reproduzir esse sistema que dá certo para um equipamento que pudesse ser transformado num eletrodoméstico", conta a inventora.
Transformar a idéia no sonhado eletrodoméstico: missão para o irmão e seus conhecimentos técnicos. A invenção dos irmãos Oliveira tem cara de geladeira, tamanho de geladeira, mas é uma máquina capaz de passar roupa com vapor. Se chama "Alisadora Automática de Roupas".
"O único trabalho é apertar o botão de ligar e desligar. Ela faz tudo sozinha. Primeiro, entra um ciclo de vapor, que tem um determinado tempo. Depois, um ciclo de ar para secar esta umidade do vapor", explica Lupércio.

Não deixa de ser curioso, empresas e produtos inovadores e de ruptura praticamente sem design e comunicação e a grande corporação multinacional experimentando novas linguagens e formatos envolvendo boca-a-boca, conteúdo gerado pelo consumidor e redes sociais :-)


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18.3.10

Livro original de Alice no País das Maravilhas

Aproveitando a chegada do novo filme de Tim Burton, Alice, o livro original, manuscrito e desenhado à mão por Lewis Carroll (ou Charles Lutwidge Dodgson, nome verdadeiro do autor) está disponível digitalizado no site da Biblioteca Britânica.

É só acessar: Lewis Carroll's Alice's Adventures Under Ground

Fiquei sabendo da notícia no post The original Alice is now online publicado no Joho The Blog. Lá diz que esta obra de 1864, dedicada à menina Alice Liddell, tem diferenças em relação a primeira edição impressa: 2 capítulos adicionados e eliminação de referências particulares no texto.


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16.3.10

Como usar o Foursquare sem celular



O Foursquare, rede social baseada em localização, foi feito para ser utilizado através de celulares iPhone, Android e Blackberry. No entanto, descobri que é possivel fazer check in (identificar os lugares que vc frequenta ou está presente), sem celular, utilizando o endereço originalmente feito para navegar via WAP. É só acessar o link: m.foursquare.com

Com isso, quem está usando laptop ou netbook com wi-fi ou 3G (ou até mesmo PC desktop), pode brincar com o Foursquare, ganhar badges (medalhas) e prefeituras (major). Tudo com menos praticidade do que o uso com celular com GPS, idéia original do aplicativo, e com a visualização otimizada para tela pequena. Na versão WAP não é tão fácil registrar novos locais, por isso, quando for usar, é melhor utilizar simultaneamente com a versão web para logar e deixar pré-cadastrado no site.

Idéia: checkin em totens e lan houses

Como Foursquare vem sendo utilizado por restaurantes e lanchonetes em promoções, comentado aqui no post Marcas e empresas usando Foursquare , quem sabe fica a oportunidade de integrar totens e estações fixas nos próprios locais. Lembro quando o McDonalds tinha computadores com acesso a internet e os clientes podiam usar 30 minutos de graça. Outro negócio que poderia premiar os usuários frequentes e autodeclarados seriam nossas lan houses e cybercafés, estabelecimentos que nos EUA, acredito, já estão em extinção.

Popularidade x Exclusividade

Por outro lado, não sei até que ponto essa abertura do Foursquare pode prejudicar a utilização da ferramenta. Afinal, um dos fatores de atração para a rede social é a imagem elitista, pioneira, cujo uso depende de aparelhos caros e sofisticados. No Gowalla por exemplo, concorrente do Foursquare, tb testei o acesso via WAP - m.gowalla.com - mas ao exigir a geolocalização, não permitiu o cadastro do local exato antes de fazer o check-in.


Atualização em 10/2/2011: Percebi que os checkins na versão wap não estão mais valendo para quem quer conseguir medalhas (badges) e prefeituras (mayors). Aparentemente a limitação não ocorre com quem usa o Foursquarefox, um add-on para navegador Firefox que tb permite fazer checkin do computador ou laptop, sem usar celular.



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15.3.10

Meu blog no Blogspot

Desde maio de 2009 mudei meu blog pro blogspot em wagnertamanaha.blogspot.com
Juntei lá meus posts no Yahoo! Tecnologia e tb que publiquei na colmeia e na Espalhe.

Publicado originalmente em wagnertamanaha.multiply.com

3.3.10

Desenhando no iPhone: Lollo


Vermeer, The lacemaker, upload feito originalmente por José Carlos Lollo.

Lendo a coluna da semana passada do André Laurentino no Guia Estadão, que ele reproduziu em seu blog Caderno de Vidro - Visite - vi que o José Carlos Lollo está desenhando com iPhone e publicando o resultado em sua pg no Flickr. Ele agrupou as ilustrações em álbuns: cópias (de obras clássicas), cães e brushes (todos feitos usando o software Brushes para iPhone).

Sabia do potencial da ferramenta desde que a New Yorker publicou a capa com uma obra do ilustrador português Jorge Colombo em maio de 2009, mas é legal saber que por aqui tb temos artistas com resultados tão bons, de tamanha qualidade. Pelo ineditismo, a revista americana registrou em uma matéria os bastidores, inclusive com um video que mostra o passo a passo: Cover story, finger painting (História da capa, pintura com os dedos).

Voltando ao Guia Estadão, a coluna do Laurentino tinha uma ilustração do Daniel Kondo. Nos anos 90 trabalhamos juntos na DPZ - eles eram do andar do Roberto Duailib, na época cada letra/sócio tinha uma equipe de criaçao (eu era do andar do Z). O próprio Lollo passou pela DPZ, eu mesmo ouvi histórias sobre suas técnicas de ilustração e layout - colagens, recortes, dobraduras, etc - mesmo ele tendo saído anos antes da minha chegada... lembrem-se que o desktop publishing (desenterrei esse termo :-)) nem tinha chegado na criação. Desde então o Lollo vem materializando estas técnicas em anúncios e peças, como diretor de arte e ilustrador nas diversas agências que trabalhou (Almap, Fallon, etc).

Não sei se o Daniel Kondo tb está desenhando com iPhone, mas pela portabilidade e facilidade do software e hardware, mais a interface touch screen, parece adequado para rascunhos e desenho de observação. A tela pequena pode dificultar um pouco, mas com a chegada do iPad, o Brushes pode virar estilo ou mesmo evoluir conquistando usuários do Photoshop e outros softwares de desenho e tratamento de imagens.


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