Semana passada acompanhamos pela imprensa o início da
nova legislatura com os deputados e senadores que tomaram posse. Entre os vários nomes, sejam estreantes na política ou velhas raposas que conseguiram reeleição, alguns parlamentares atraíram maior atenção que outros, muito mais pela curiosidade ou desconfiança do que por possíveis idéias que possam defender. Mas este cenário pode ter mais um participante no mínimo inusitado, segundo aviso no blog do
Tiago Dória, o Partido Pirata está chegando ao Brasil.
Criado na Suécia em janeiro de 2006, obteve quase 40 mil votos na primeira eleição que participou, atualmente também está registrado na Espanha, Áustria e Alemanha e organizado em outros 9 países. No blog
Ecologia Digital, José Murilo, cuja participação no Fórum de Governança da Internet
citei aqui ano passado, traduz com mais detalhes várias informações sobre esse novo partido. Defendendo mudanças nas leis sobre direito autoral, propriedade intelectual e os adeptos de trocas de arquivos digitais pela internet, o partido ganhou notoriedade quando o site
Pirate Bay foi ameaçado de fechamento pelas autoridades suecas.
Hoje, correligionários articulam a formalização do partido no Brasil, através do
fórum oficial do movimento e também através de uma
lista de discussão na versão em inglês do Yahoo! Grupos.
Coincidência ou não, o blog Novo-Mundo transcreveu os requisitos necessários para se
criar um partido político. A informação foi levantada depois de uma conversa com o blog
Celsojunior.net sobre a brincadeira de se criar um Partido dos Blogueiros :-) Também bem humorada foi a campanha do Pirate Bay, pela aquisição do
principado de SeaLand, o menor país do mundo. O
site (em inglês) contabiliza U$ 20 mil arrecadados até agora, provando que chegar ao poder comprando um país pode ser tão difícil quanto pelo voto :-D
Apesar destes rumores recentes, lembrei da tentativa de se criar um Partido dos Internautas, que chegou a ter seu estatuto publicado no Diário Oficial em fevereiro de 2003, como registrou esta notícia no site
Terra. Aparentemente o lema "incentivar a participação da sociedade nas decisões dos poderes Legislativo e Executivo através do uso da internet", que esta antiga iniciativa queria implantar, não atraiu tanta atenção quanto defender o direito de hastear uma bandeira preta com o desenho da caveira, fazendo um download sem medo de infringir alguma lei :-)
Post originalmente publicado no Yahoo! Tecnologia
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