23.9.08

Americanos e europeus no etanol brasileiro

Antes da crise financeira eram muitos os planos dos estrangeiros em projetos com etanol no Brasil. Nota no jornal Valor - ADM estreia na produção de álcool no Brasil - publicada em 28/7/2008, falou dos investimentos da gigante agrícola americana Archer Daniels Midland (ADM). Maior produtora de etanol de milho dos EUA, a companhia se tornou sócia do Grupo Cabrera, comandado pelo ex-ministro da agricultura Antonio Cabrera, inaugurando uma usina em Jatai/GO. Patricia Woertz, CEO da ADM, planejava formalizar a operação e passear na Amazônia.

Presente no Brasil como processadora de soja, a empresa americana investiria mais R$ 400 milhões na usina goiana que entraria em operação em 2010. Segundo a matéria, Jatai/GO tem quatro projetos para construção de usinas de etanol, um deles coordenado pelo grupo Cosan. Notícia no Estadão - Joint venture produzirá diesel de cana no País - publicada em 24/04/2008, contou da parceria entre a empresa americana de biotecnologia Amyris e a brasileira Crystalserv. O empreendimento previa a abertura de um centro de pesquisa e desenvolvimento em Campinas com a meta de produzir em escala um combustível compatível com motores a diesel em uso até 2010.

O diretor geral da Amyris-Cristalserv, Roel Collier, declarou que aproveitaria o corpo técnico local mas também faria intercâmbios com profissionais da Califórnia, sede da empresa. A Amyris tem como investidores os fundos Kleiner Perkins e Khosla Ventures, que apostam em empresas de tecnologia, e a TPG Biotech, dona de 70% da companhia. A tecnologia para a produção do diesel de etanol, e futuramente gasolina e querosene de aviação, foi desenvolvida na Universidade de Berkeley em 2003, inicialmente para produção de remédio contra a malária. Em 2006 os pesquisadores descobriram que os microorganismos usados para o medicamento tinham propriedades parecidas com o diesel convencional.

No fim do ano passado, notícia na coluna Mercado Aberto da Folha de São Paulo - Brenco inaugura segunda pólo de usinas no Centro-sul (para assinantes) - publicado em 16/12/2007, falou da empresa criada por investidores nacionais e estrangeiros, como Vinod Khosla, indiano radicado nos EUA e sócio da Kleiner Perkins e Steve Case, fundador da AOL. A Brenco, criada em maio de 2007, na época da reportagem comandada por Philippe Reichstul, ex-presidente da Petrobrás, inaugurou em Parnaiba/MS, seu segundo pólo álcool e energia elétrica na regiao Centro-sul. Com investimentos de R$ 1,2 bilhão para a construção de 3 usinas, previa processar 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produzir aproximadamente 900 milhões de litros de álcool anidro por safra e de 132 MW de potencia instalada excedente de energia elétrica gerada pela queima de bagaço.


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18.9.08

Vou falar de guerrilha na semana de comunicação da FAAP

Amanhã, dia 19, eu estarei representando a área de Redes Sociais da Espalhe na 1a (des)conferência de Mídias Digitais, evento que faz parte da 31a Semana de Comunicação da FAAP. A (des)conferência acontece das 14h30 até as 17h30 e nesta primeira edição a universidade pretende reunir profissionais do mercado, blogueiros e estudantes para juntos discutir os avanços dos meios digitais, as redes sociais e suas influências nos modelos de comunicação. Tudo em um modelo aberto, descentralizado e colaborativo, sem palestrantes definidos. Eu particularmente, como ex-aluno da FAAP, acho que tb vai ser bacana rever as salas e corredores do lugar, graças ao convite que recebi de Eric Messa, professor da Faculdade de Comunicação e Marketing e autor do blog E-Code. Valeu! Pelo que sei sobre alguns dos outros convidados, tb estarão por lá: Rafael Ziggy (blog SimViral e agência Talk!), Guilherme Valadares (Papo de Homem e Cubo), Ian Black (Enloucrescendo e LiveAd), Alexandre Fugita (Techbits e Pólvora), Jeff Paiva (Wordsmith e Click), etc.


Post publicado originalmente no Blog de Guerrilha

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8.9.08

Game de futebol para o Brasil

My game

Estava previsto para entrar no ar em outubro o game Interzone Futebol, game desenvolvido para o Brasil pela empresa americana Interzone Entertainment. Nota no site Meio & Mensagem - Futebol: game em primeira mão para o Brasil - publicada em 01/09/2008, conta que o game recebeu investimentos de R$ 50 milhões, e é o primeiro Massive Multiplayer Online Game (MMOG) a ser lançado em português, antes mesmo da versão em inglês.

Jairo Rozenblit, vice presidente mundial e gerente geral da Interzone no Brasil, conta que o game é um mix de interação e ação que tem como cenário o bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro/RJ. Segundo a nota, a Interzone montou um estudio em Alphaville, em Barueri/SP, empregando 30 pessoas responsáveis pelo suporte técnico e interface com a internet, ao vivo (Live Team).

Materia no jornal Valor - Futebol inspira primeiro jogo da Interzone - publicada em 19/08/2008, conta que a empresa escolheu o Brasil para comandar a criação do game que marca sua estréia no mercado. O pais foi escolhido pelo próprio fundador da companhia, Marty Brickey, que começou o desenvolvimento há 3 anos atrás. Marty foi proprietário da Flyover Entertainment, que criava jogos para console, vendida para a Vivendi, gigante do setor.

Segundo a matéria, o jogo terá dois modelos para gerar receita: publicidade e comércio de itens virtuais. Na publicidade, anunciantes pagarão pelo espaço em placas no estádio, chuteiras e uniformes. No comércio de itens, jogadores poderão comprar produtos virtuais que poderão melhorar seu desempenho, como chuteiras que melhoram a velocidade e bebidas energéticas que fortalecem os personagens.

Segundo Jairo Rosenblit, sua estimativa é que o Brasil tenha 10 milhões de usuários de games online massivos, os mais aficcionados passam de 10 a 11 horas por semana jogando. O jogo é fruto dos 3 estúdios da empresa no mundo, além de Alphaville, que comanda a operação, Guangshou na China é responsavel pelo design e 3d e Perth na Austrália, responde pela programação. A sede da Interzone fica em Chicago, responsável pela administração e finanças.

Lembro quando no começo dos videogames, nos anos 80, os games de futebol eram desenvolvidos pelos EUA e Japão, países então sem nenhuma tradição no esporte. Isso ficava claro no resultado final do jogo. Isso mudou, talvez fruto do próprio envolvimento destas culturas com o futebol, depois de hospedar copas do mundo, e em parceria com empresas e desenvolvedores europeus. Hoje games como o Winning Eleven da Konami (que na Europa se chama Pro Evolution Soccer) e o Fifa Soccer da EA, tem jogabilidade proximas a perfeição. Mas ainda acho que a contribuição da cultura brasileira nos games pode trazer um elemento inesperado, como foi no futebol de verdade a invenção do drible, da bicicleta, da folha seca, da paradinha... concordam?


Post publicado originalmente em meu Blog no Yahoo! Tecnologia.

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Edição da Bonfire Magazine Brasil para divulgar Lipstick Jungle

Participei destas ações para promover a estréia da série Lipstick Jungle no Canal Fox, complemento da criação da Santa Clara Nitro operacionalizada pela Espalhe que colocou mulheres passeando com homens encoleirados nas ruas e carregando sacolas de compras imensas em shoppings da cidade.

Como no seriado, a personagem principal trabalha na editora da revista Bonfire Magazine, resolvemos então produzir a versão brasileira sob o tema "mulheres poderosas na web".

Para desenvolver as matérias, a equipe da agência - Patrícia Albuquerque (diretora de conteúdo e ex-editora da Revista Caras no Rio de Janeiro) e Cintia Costa (do blog Planejando meu Casamento) - entrevistou mulheres ativas no universo dos blogs e comunidades no Orkut.

Nós da equipe de redes sociais, além de ajudar na seleção das personalidades, fizemos os primeiros contatos, convites e relacionamento. Exemplares do livro cuja série foi baseada também foram enviados como kits e serviram para apoiar a divulgação da estréia da série.

Um blog da redação mostrava os bastidores da montagem desta primeira edição brasileira da Bonfire Magazine, no final, disponibilizada em pdf. O dia a dia do trabalho foi registrado em posts misturando elementos da ficção da obra original e a vida real. Para matéria sobre azaração e do namoro 2.0, opiniões de Veridiana Serpa, do Geek Chic, Camila do Garotas Estúpidas e B. do blog A Vida Secreta. Sobre moda: Marina Santa Helena do Chiqueiro Chique e Renata Ruiz do Moda para Usar. Dani Koetz do AhTriNé! , Liliane Ferrari e Bia Kunze do blog Garota sem Fio revelaram suas dicas sobre a cidade de São Paulo e Rosana Hermann, do Querido Leitor, Lúcia Freitas, do Ladybug Brasil, e Lu Monte, do Dia de Folga. ilustraram a reportagem Mulheres, poder e blogosfera.

Emboscada no Luluzinha Camp e Coleiras para casais blogueiros


Luluzinha Camp, upload feito originalmente por wagnertamanaha.

Servindo espumante no Luluzinha Camp Coleira Lipstick Jungle

Complementando a trama, ações paralelas como Coleiras com nomes de namorados blogueiros e uma emboscada no Luluzinha Camp - homens encoleirados servindo espumante - para alegra a mulherada e entrar pra história do evento das blogueiras brasileiras.

Leia os posts sobre estas ações no Blog de Guerrilha:
- Bonfire Magazine, Edição Mulheres Poderosas da Web
- Emboscada de LipstickJungle no #LuluzinhaCamp
- Homens na coleira para Lipstick Jungle


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1.9.08

Avião feito em casa

Demoiselle

Lembrei que ano passado no Estadão, a matéria - Eles Constroem Aviões Pelo Prazer de Voar - publicada em 30/09/2007, revelou um pouco do universo de ex-pilotos, executivos e engenheiros que constroem os próprios aviões como meio de transporte ou lazer. Na época, a Associação Brasileira de Aviação Experimental (Abraex) calculava que 80 aeronaves com até 4 lugares seriam construídas em 2007. Claudio Berretta, presidente da Abraex e ex-piloto comercial com 12 mil horas de vôo, estava construindo seu segundo avião, um projeto italiano que pode custar U$ 50 mil.

Francisco Honorato, engenheiro mecânico aposentado, estava construindo seu terceiro avião, projeto do americano Burt Rutan, famoso por ter criado o avião que deu a volta ao mundo sem abastecer. A Abraex, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), conclui recentemente um projeto totalmente desenvolvido no país, um avião de 2 lugares com custo de ate R$ 55 mil e cujo protótipo está sendo construído em Vargem Grande do Sul/SP.

No entanto, ainda no Estadão, a matéria - "São Caixões Voadores", diz Empresário - publicada em 30/07/2008, traz opiniões contra e a favor dos aviões experimentais. Marcos Valdir Dias, dono de uma oficina de manutenção de aeronaves. ex-proprietário de um ultraleve, em abril de 1999 caiu em um cemitério e sobreviveu por um milagre. Desde então deixou de trabalhar com aviões artesanais para não ficar com dor na consciência, além disso acusa que boa parte destes aviões são de "fundo de quintal", feitos com matériais de má qualidade e peças de origem duvidosa.

No Estadão, Marcos afirma: "Qualquer un pode importar un kit, montar um avião na garagem de casa e depois sair por aí". O kit com motor, hélice e peças principais custa a partir de R$ 25 mil e as vendas são feitas pela internet por várias empresas importadoras. A favor dos aviões feitos em casa, Jair Italiani de Indaiatuba/SP, está construindo um ultralev AC-15 e registra a experiencia em um blog Construindo um Mac 15.


Post publicado originalmente em meu Blog no Yahoo! Tecnologia.

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