Brasil e Índia

A parceria entre os países do chamado BRIC (Brasil, Russia, India, China) é considerada por algumas pessoas como indicador de um novo cenário econômico e político mundial. A notícia da declaração de Susan Schwab, secretária do comércio dos EUA, publicada no Estadão - EUA Comparam Brasil e Índia a Adolescentes na OMC - no último dia 5, exemplificaria a situação. Sabemos que a Índia é reconhecida no campo da tecnologia e software, cujas empresas já tem filiais no Brasil, como a Tata Consulting Services (TCS) que citei aqui na coluna Brasil na Índia e Vice-Versa.

Matéria na Gazeta Mercantil - Marcopolo Prefere a Índia à China (para assinantes) - publicada em 19/04/2007 contou sobre os planos da empresa brasileira em suas operações internacionais, em parceria com o grupo Tata (dona da TCS), planejava investir US$ 13,5 milhões em uma fábrica na cidade indiana de Dharward. Segundo o então vice-presidente do conselho de administração da Marcopolo, José Martins, o mercado indiano de ônibus necessita de 55 mil unidades anualmente. Questionado sobre o desinteresse na China, Martins alegou a concorrência fortíssima, com mais de 40 fabricantes de ônibus e carrocerias, a maioria deles com participação estatal.

Em outra matéria também na Gazeta - Caoa/Hyundai quer Usar o País para Chegar a Índia (para assinantes) - publicada em 23/04/2007, fala que a joint-venture em torno da contrução de uma fábrica de automóveis em Anapólis, interior de Goiás. Planejada para atingir 600 mil veículos anuais, pretende ser a base de exportação da marca coreana para a América Latina e Índia. Com capital 100% nacional, investidos pelo Grupo Caoa (conduzido por Carlos Alberto de Oliveira Andrade), cabe à empresa coreana a transferência de tecnologia, inclusive o desenvolvimento de um motor flex fuel para ser utilizado nos produtos vendidos no Brasil.

Publicado originalmente no Yahoo! Tecnologia.

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