Antes do agravamento da crise financeira o interesse no mercado de biocombustíveis era grande e atraiu investidores da Europa e EUA em projetos com etanol e biodiesel no país. Agora, mesmo em reavaliação, é possivel que a busca por tecnologias em fontes renováveis de energia seja um dos pilares da nova política industrial do próximo governo americano, se promessas de campanha for realmente cumprida.
Notícia publicada no Estadão - Grupo Noble, de Hong Kong, investe em porto, álcool e minério no Brasil - publicada em 29/09/2008, fala dos planos que transformaria o país na quinta maior operação da gigante especializada em produzir e comercializar commodities (matérias-primas negociadas na bolsa de valores). A Noble Group começou negociando grãos e hoje tem investimentos em logística, mineração e usinas de álcool e açúcar. Com um brasileiro comandando as operações desde 2003, Ricardo Leiman, o grupo comprou uma usina em Votuporanga/SP, onde quadruplicou a capacidade de produção e iniciou a construção de outra em Meridiano/SP. Até 2011 o plano é estar entre os 5 ou 10 maiores produtores nacionais de Etanol. O Grupo também está investindo em um terminal próprio no porto de Santos/SP, para armazenar e exportar grãos e açúcar, e em um terminal liquido no porto de Itaqui/MA, região escolhida por estar próxima de mercados visados pelo etanol que vai produzir: EUA e Europa.
Outra nota, no jornal Valor e Globo - Coreanos vao investir em etanol na BA - publicada em 26/08/2008, contou dos planos da Celltrion, firmado em acordo com o governo do Estado. Atuando no ramo de biofarmaceuticos, a empresa coreana pretendia investir R$ 540 milhões em uma usina de etanol no município de Barra/BA. Com benefícios fiscais, a Celltrion já tem terras plantadas com cana na região e com a usina, pretende produzir 1,3 bilhões de litros de etanol e produzir energia termoelétrica a partir da queima do bagaço da cana.
Aparentemente este movimento de empresas asiáticas nao está restrito ao Brasil, nota na Folha - Biocombustiveis: Chineses investem U$ 40 bilhoes para produzir na África - publicada em 07/06/2008, citou uma empresa de Macau criada para desenvolver negócios em países de língua portuguesa. Um dos administradores da companhia, Ambrose So, disse à Agencia Lusa que a iniciativa pretendia investir U$ 40 bilhões na África, nos próximos 10 anos, para produzir biocombustíveis em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.
Em um movimento parecido, a Petrobras também tem interesse em exploração de petróleo e produção de etanol em países africanos. Assim como o Brasil recebe projetos de paises da Asia, EUA e Europa, empreendimentos brasileiros tambem acontecem na Africa, America Latina e Asia. Um movimento não excludente, onde no final, a existência de um vencedor não significa o fim dos outros competidores, concordam?
Post publicado originalmente em meu Blog no Yahoo! Tecnologia.
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