Braxis com CPM

Em março as empresas Braxis IT Services e CPM provedora de serviços de tecnologia da informação anunciaram a fusão de suas operações. Matérias no jornal Gazeta Mercantil publicadas dia 21 e 19 daquele mês revelam que a Braxis assume a gestão da companhia cuja união passa a somar 290 clientes, 4,8 mil funcionários e receita de R$ 770 milhões em 2006.
Segundo as reportagens, os sócios da CPM (Bradesco e Deutsche Bank) estavam interessados em vender a empresa, cujo principal problema era a dependência de ter o Bradesco como principal cliente, representando metade da receita.

Em 2005 a CPM chegou a levantar o interesse de possíveis compradores, mas nenhum deles aceitou o valor de R$ 400 milhões sugerido para a venda. Curiosamente, um ano antes disso a CPM chegou a avaliar a aquisição da Pimentel IT Services, empresa que com a Spec IT Solutions formaram a Braxis em março de 2006. Tempos atrás, eu mesmo publiquei aqui uma declaração do então presidente da CPM na coluna Software Brasileiro Tipo Exportação, que defendia que que o Brasil pode ser tão competitivo quanto a Índia neste setor.

Com a recente fusão, a Braxis repete a estratégia realizada em novembro do ano passado com a Unitech, empresa com sede em Salvador, onde mantinha 700 funcionários. Para o jornal Gazeta Mercantil (de 23/11/2006) um dos motivos desta primeira união foi a complementaridade dos negócios, além de ter apenas 2 clientes em comum a Unitech desenvolvia software em diversas plataformas enquanto a Braxis apenas em SAP. Na época o presidente da Braxis, Jair Ribeiro, anunciou que a empresa, com atuação em 10 países, planeja abrir capital em 2 ou 3 anos, continuando a onda de abertura de capitais de empresas nacionais de tecnologia que comentei aqui antes nas notas Bematech na Bolsa e Compras da Datasul.

Post originalmente publicado no Yahoo! Tecnologia

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