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8.6.07
Institutos de Pesquisa e a Lei de Informática
Nota no começo do mês passado no site Tele Síntese - Antônio Ribeiro Neto assume o Venturus - fala da chegada do novo diretor superintendente ao instituto de pesquisa criado pela Ericsson e que até 2005 era conhecido como Informat. Lembro que uma matéria publicada em 15/12 do ano passado no jornal Gazeta Mercantil - Institutos de pesquisa dos anos 90 agora se diversificam – fez um breve levantamento com institutos brasileiros criados por multinacionais para aproveitar os benefícios da Lei de Informática.
Foram consultados Luiz Majauskis, então superintendente do Venturus Centro de Inovação Tecnológica; Arthur Catto, superintendente do Instituto Eldorado (criado pela Motorola) e Carla Guimarães, gerente de mercado do CPqD (criada pela então estatal Telebrás). Ainda segundo o levantamento, a Venturus mantinha 200 funcionários na época, com R$ 24 milhões da receita relacionado aos incentivos fiscais, e R$ 6 milhões em projetos fora da Lei da Informática. O instituto atendia além da Ericsson, a Sony Ericsson, Balanças Toledo e Emerson Energy Systems, com foco em desenvolvimento de software.
O Instituto Eldorado, que empregava 400 funcionários, tinha 90% dos recursos de R$ 45 milhões por ano, atreladados à Lei da Informática. A maioria dos projetos envolvia testes com aparelhos celulares mas buscava novos nichos, atendendo além da Motorola, a HP, Epson e Brastemp.
O CPqD, orgulho da época do monopólio estatal e famoso pela história do inventor do Bina (Nélio José Nicolai), segundo a Gazeta, passou a receber os recursos provenientes da Lei de Informática da Dell. O centro de pesquisas fechou acordo para desenvolver softwares voltados ao mercado de telecomunicações, como billing, para a fabricante mundial de computadores. O objetivo era validar tecnologias usadas pelas empresas de telecom em plataformas de hardware Intel, reduzindo custos na adoção de uma infra-estrutura baseada em processadores comuns.
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