Os planos da Gradiente

Em entrevista ao colunista de tecnologia Ethevaldo Siqueira do jornal O Estado de São Paulo dia 13 do mês passado, Eugênio Staub revelou os planos da empresa que fundou e preside desde 1964. No texto Gradiente aposta na TV Digital brasileira Staub revela seu otimismo com o padrão International System for Digital Television (ISDTV) adotado pelo Brasil e derivado do International System for Digital Broadcasting (ISDB) japonês.
Diz ainda que acredita na grande vantagem do sistema (que tem 5 anos) diante dos concorrentes europeus (10 anos) e americano (15 anos) seja a mobilidade, ou seja, a transmissão para celulares, laptops e outros aparelhos em movimento.

Outra vantagem do novo padrão seria que os componentes para a fabricação dos conversores são de uso generalizado em quase todo mundo, apenas o chip de demodulação é exclusivo. A Gradiente aproveitaria isso para lançar conversores analógico-digitais (set-up boxes) que custariam inicialmente entre R$ 300 e R$ 500, mas em 3 a 5 anos poderiam chegar a R$ 100. Protótipos dstes aparelhos já estão sendo testados na companhia.
Além dos conversores, a empresa estuda lançar seu modelo de DVD de alta definição, cujos sistemas Bluray ou HDDVD já comentei aqui na nota O DVD 2.0 Chegou e também um dispositivo portátil de GPS, mercado que também citei nas colunas Testes de GPS em PDAs e Carros com GPS.

Já trabalhei para a Gradiente em diversas ocasiões e percebi o grande desafio e esforço para representar uma marca brasileira de aparelhos eletrõnicos e de telefonia celular, em um mercado repleto de gigantes mundiais como Sony, Samsung, Motorola e Phillips. Talvez por causa deste cenário de competição, a empresa foi pioneira em trazer para o Brasil as tecnologias de vídeo VHS, CD e DVD no Brasil. Companhia aberta desde os anos 90, também atuou no mercado de computadores, saindo dele antes de ser beneficiada pelo programa Computador para Todos, que comentei na nota Computadores com PAC.

Originalmente publicado no Yahoo! Tecnologia

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