Em maio Carlos Magno, meteorologista e fundador do site Climatempo, teve seu perfil publicado aqui no canal: Tempo bom para a meteorologia digital. Na matéria, Carlos conta do início do sucesso do site e planos envolvendo usuários e leitores.
Abaixo segue reprodução da matéria quase completa:
Tempo bom para a meteorologia digitalPost originalmente publicado no Yahoo! Tecnologia
Por Filipe SerranoCarlos Magno tem 45 anos e vive com a cabeça nas nuvens, mas agora os ventos estão cada vez mais digitais. Nos anos 90, ele aparecia nos telejornais da Rede Globo predizendo como estariam o céu e a temperatura no dia seguinte. Mais que um apresentador, cargo que ocupou até o ano 2000 na telinha, o meteorologista é presidente da agência Climatempo e participou ativamente de uma revolução tecnológica que transformou para sempre a previsão do tempo no Brasil. "Hoje, (prever o tempo) é usar a tecnologia a seu favor. Antes, demorava quatro horas para fazer uma previsão de um dia. Para além disso, o previsor só indicava uma tendência. Ele imaginava como seria o deslocamento das turbulências", conta.
O Homem do Tempo explica que a futurologia do clima atualmente passa por supercomputadores que resolvem equações imensas e dão informações muito mais precisas. A velocidade da comunicação também aumentou drasticamente. Os dados das estações meteorológicas chegam instantaneamente e é possível indicar o clima para vários dias seguintes em poucas horas.
Até meados dos anos 90, o trabalho era praticamente manual. Por isso, era comum a previsão apontar chuva para o dia seguinte e, quando amanhecia, estava aquele calorão. "Ainda depende da experiência do meteorologista, só que muito menos do que no passado. Antes dependia totalmente. Hoje o computador faz o processamento de uma forma muito clara e linear", explica.
O site da Climatempo (www.climatempo.com.br) fornece conteúdo para rádios e jornais e se tornou ela mesma um veículo de comunicação climático. Além da internet, a previsão do tempo está na TV por assinatura e nos celulares, por meio de mensagens de texto e programas audiovisuais. "Eu passei a pensar: poxa vida, podia ter um veículo que eu não precisasse negociar com ninguém, que o usuário com necessidade de informação pudesse nos procurar diretamente. Não precisamos pedir autorização para jornalistas sobre o que colocar no ar. O usuário entra para a nossa causa", afirma.
A internet foi a solução encontrada, já que, para ter um veículo tradicional como rádio ou TV, Magno dependeria de uma concessão pública e de investimentos pesados. Ele não acredita que o site substitua outros canais para as pessoas que procuram uma informação sobre o tempo. "Mas na hora de decidir se vai à praia ou não, é melhor ir direto à fonte", diz.
Em tempos de criação coletiva na web, Magno lançou um site para se aproximar dos usuários. No www.populy.com.br/climatempo (ainda incompleto), ele e outros meteorologistas têm blogs e colocam vídeos e podcasts (programas de rádio online que podem ser baixados e ouvidos a qualquer hora) sobre o clima. "É um canal de relacionamento para um público que exige cada vez mais explicações", afirma.
INTERATIVIDADE É O FUTURO, TANTO NO CELULAR QUANTO NA TV
A TV Climatempo, disponível em algumas cidades pelas operadoras Sky e Net, já dá um gostinho das possibilidades interativas da TV digital. Magno explica que um telespectador, ao mesmo tempo que assiste a um programa, pode consultar a previsão do clima para uma cidade brasileira. "Se vai passar o feriado no Guarujá,no litoral sul de São Paulo, a pessoa entra e consulta a previsão. Se for um agricultor, acessa, por exemplo, ‘café’ e tem na tela o clima para as regiões de plantio", explica.
Magno imagina uma TV do futuro ainda mais personalizada. "Vejo o usuário interagindo com uma TV em que ele possa conversar com um meteorologista para decidir como será o casamento da filha. Pagando, ele pode ter o serviço no teclar de um controle remoto", diz.
A TV da agência também está disponível ao vivo na internet e em celulares com programas sobre previsão do tempo, claro, e até astronomia.O avanço tecnológico da agência começou quando Magno saiu da Globo. "Eu era empresário e estava deixando de lado minha natureza. Trabalhava muitas horas dentro da Rede Globo e pouco tempo para a minha empresa", conta.
O gosto pelo clima apareceu quando estava na faculdade de meteorologia. "Saber como vai ser o tempo no fim de semana era um grande poder."
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