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29.11.16

Rede social com criptomoeda Steemit, chegando junto na revolução blockchain.


Na primeira vez que ouvi falar em blockchain e Bitcoin não entendi quase nada, era 2011 e esse assunto empolgava apenas os nerds, mesmo assim baixei um software e achei que já estava minerando, participando de uma corrente mundial de processamento descentralizado e ajudando o movimento no estilo SETI@home (Search for Extraterrestrial Intelligence, febre da internet do final dos anos 90). Fiz isso e esqueci.

Anos depois em 2013 o assunto contagiou a grande imprensa, por algum motivo o Bitcoin estava valendo um dinheirão. Lembrei daquele download, tentei todo alegre descobrir se tinha ganho alguma coisa e, resumindo, continuei não entendendo nada. Passou mais um tempinho, quando fui passear em Boston tirei esta foto de um caixa eletrônico para Bitcoin em uma loja/livraria perto de um dos campus do MIT.

Agora, através do @hdimantas descobri o Steemit, uma rede social que remunera seus participantes ativos com a criptomoeda Steem. Me cadastrei - @wagnertamanaha - e aproveitei pra desabafar sobre a vitória do Trump e os planos da IBM com o Watson em meu post de estréia por lá: O presidente.

Confesso que também entrei nesta onda influenciado pela divulgação do livro Blockchain Revolution, lançado por Dan Tapscott este ano, e também pelos artigos sobre o assunto do Ronaldo Lemos na Folha de SP e pelas iniciativas de Oswaldo Oliveira, evangelizador e empreendedor do tema no Brasil.

De qualquer forma, já está na hora de botar o pé nesta revolução, se não por méritos das criptomoedas, por decrepitude do sistema financeiro mundial, que depois de prescindir do lastro em ouro nos anos 70 agora já até aceita aplicar juros negativos (imagino que na cabeça de um contador essa expressão soe como "subir pra baixo"), punindo quem quer guardar moeda e economizar.

Pelo que entendi o Steemit funciona desde o começo do ano, cheguei lá e achei bem rústico comparado com o Medium (que parece ser a inspiração mais próxima). Publicando conteúdo em um editor que não é wysiwyg me senti voltando ao passado, na época quando era preciso saber um pouco de html. Mas o que faz a diferença é a ideia de remunerar os participantes com criptomoeda, com os Steems já pingando em minha carteira agora entendo o bafafá em torno da tecnologia.

Afinal, pra uma moeda existir só é preciso ser conversível e conquistar credibilidade diante de uma comunidade. Hoje em dia emitir moeda é monopólio de países e governos mas com o sucesso do Bitcoin, que já pode ser trocado por dólares em caixas-eletrônicos, esta realidade está sendo posta em cheque. Parece que já tem gente que está negociando Steem, trocando por Bitcoins, pra converter a moeda também existe o Peerhub, um marketplace online onde os vendedores aceitam a criptomoeda.

Pode ser que o Steemit não dê certo ou sofra algum imprevisto tecnológico, como aconteceu com o The DAO (Descentralized Autonomous Organization), uma iniciativa blockchain muito mais ambiciosa, sofisticada e conduzida com mais cuidado formal que através de uma brecha de segurança sofreu um roubo traumatizante mas ainda não o suficiente para fazer a comunidade desistir por completo: introducing Charit DAO.

Vou dar uma chance pro Steemit. Afinal, o conteúdo sempre girou em torno de comunidades e as comunidades giram em torno de conteúdo. Se as comunidades são trocas, de bens e informações, e as criptomoedas em redes blockchain também comunitárias em software livre despontam como intermediario ideal... BUM, taí uma combinação que me parece tão explosiva quanto foi o advento da internet.

6.1.12

Feliz ano novo! 2012 é o ano do Dragão no horóscopo chinês



A partir de 23/1/2012 começa o ano novo chinês do Dragão da água, segundo a astrologia oriental sai o ano do coelho e entra o ano do dragão. Todo mundo fala que o signo do dragão é a única criatura fantástica e mitológica naquele horóscopo pois não seria um animal que existe na natureza. Já em nossa cultura, lembrei que este mesmo argumento quase fez com que São Jorge fosse colocado pra escanteio pelo Vaticano, sendo salvo pelo cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. No livro Corintiano Graças a Deus o religioso conta do bilhetinho salvador que mandou pro Papa alertando que o santo era padroeiro de um time muito popular no Brasil :-)

Parece que o dragão, além de fascinante (imagine a criatura voando e serpenteando no céu), é intempestivo e pouco paciente, o que pode dar uma idéia do ano que ele vai reger. Como este ano tb é o ano do fim do mundo, segundo interpretações baseadas no calendário maia, a semelhança do dragão com a serpente alada do deus azteca Quetzacoalt é bem interessante. Pensando nisso gravei este video quando visitei o Instituto Moreira Salles no Rio de Janeiro e que mostra a estátua de um dragão chinês, destaque da fonte que decora um dos jardins internos da mansão anos 50 que foi da família do banqueiro. Não achei mais informações sobre a estátua, mas como a elite daqui gosta de colecionar e exibir antiguidades ligadas ao Brasil, a presença portuguesa em Macau e no Japão (onde foram chamados de Namban, bárbaros do sul) pode ser uma das possíveis conexões entre esta obra, nossa cultura e a China.

Feliz 2012! Akemashite omedetou (em japonês) e Oshogachi omedetou (no dialeto de Okinawa)!
Pelo jeito o melhor é ficar atento pra passar por todo o ano do dragão sem sair chamuscado :-)


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3.11.11

Idéias para empresas usarem coworking

Google Code Jam, London

Quando se pensa em coworking geralmente temos a idéia de que esse novo formato de compartilhar o espaço de trabalho é destinado apenas a profissionais independentes, frilas ou empresas pequenas sem sede própria. Mas eu acredito que empresas estabelecidas podem se beneficiar do ambiente e da cultura em torno do coworking, que gira em torno do empreendedorismo, nomadismo, mobilidade e colaboração entre profissionais de diferentes áreas e setores sem hierarquia.

Um uso que já deve estar acontecendo é a facilidade de uma empresa ter algo próximo a uma rede de filiais instantâneas em diferentes cidades do Brasil e do mundo, assim profissionais corporativos podem contar com uma estrutura de negócios e produção lado a lado de profissionais independentes e outras empresas individuais. Lembro quando muito tempo atrás, visitando Arraial da Ajuda na Bahia, presenciei um grupo de publicitários em uma espécie de "retiro" ou "imersão" em torno do que parecia ser algum projeto especial ou treinamento da empresa. Depois fiquei sabendo que este tipo de força tarefa temporária reunida em um local diferente do habitual é adotado por agências geralmente para concorrências e criação de campanhas importantes.

Outro uso interessante, atualmente adotado por empresas de tecnologia em universidades e locais públicos, que tb poderiam ser adequados a espaços de coworking são os camps ou labs, gincanas de programação de 1 ou 2 dias geralmente usadas para recrutamento e inovação aberta. Como exemplos posso citar o Yahoo Hack Day, o Microsoft Web Camps, o Campus Party Labs e o Google Code Jam. Na área da construção existe o Tecnisa Fast Dating, penso assim que o formato pode ser adaptado para empresas e profissionais de outros setores, além da área de computação e desenvolvimento de software.

Segue uma lista de possíveis idéias para empresas usarem o coworking:
  • Coworking como filial temporária em locais com atrativos turísticos para motivar e descontrair a equipe.
  • Coworking como filial temporária em locais com público para mercado teste ou prospecção de novos clientes.
  • Coworking como filial ou central para trabalhadores remotos em locais distintos da sede da empresa.
  • Coworking como central para equipe multidisciplinar de uma mesma empresa em projetos especiais.
  • Coworking para treinamento e convivência de funcionários corporativos com outros profissionais independentes e empreendedores que utilizam o local.
  • Coworking para eventos de recrutamento de profissionais ou fornecedores em gincanas de colaboração aberta e competição de equipes.
  • Etc, etc, etc.

É claro que pelo caráter aberto e compartilhado destes espaços, as empresas devem usar o coworking sabendo que as informações não serão confidenciais ou secretas, os projetos nestes ambientes devem se beneficiar da transparência, troca e colaboração.

Os espaços de coworking já devem estar pensando neste tipo de cliente corporativo, além dos tradicionais freelancers e profissionais independentes, lembro que tempos atrás o Pto de Contato lançou o Mesão Pto de Contato, onde empresas podiam patrocinar horas de uso no coworking para profissionais ou colaboradores eventuais.

Voltando ao "retiro" em Arraial d'Ajuda, um alerta: lembro vagamente do vulto de uma pessoa empolgada (que devia ser o dono da agência) fazendo um discurso com o livro oitentista bicho grilo "Sem Tesão Não Há Solução" balançando na mão, acompanhado de aplausos e hurras por todos os colegas da mesa. Na hora torci para que em minha então iniciante carreira de publicitário eu nunca tivesse que passar por uma situação como aquela :-D


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19.7.11

Comercial da época do preconceito contra homem com mais de 40



Ontem assistindo ao programa Roda Viva na TV Cultura, com a entrevista do publicitário Washington Olivetto, desde abril de 2010 chairman da W/McCann, ele citou o primeiro comercial brasileiro que ganhou Leão de Ouro no Festival de Publicidade de Cannes de sua autoria. Premiado em 1975, quando tinha 19 anos e trabalhava na DPZ, falava do preconceito existente na época quando os empregadores consideravam o homem com mais de 40 anos velho e excluídos das entrevistas e processos de seleção.

Fiz a transcrição do roteiro do comercial que está publicado no canal WBrasilOnline no YouTube, segue abaixo:

Na tela vão aparecendo em sequencia, fotos de personalidades como Winston Churchill, Albert Einstein, o Papa, Ernesto Geisel, Charles De Gaule, Mahatma Gandhi, Nikita Kruschev, Jorge Amado, Pablo Picasso, Louis Armstrong, Frank Sinatra e vários outros que não reconheci.

Narrador:

Você já ouviu falar que um homem depois dos 40 anos fica ultrapassado, sem chance de se realizar profissionalmente se não tiver atingido o ponto máximo de sua carreira até essa idade. Pois bem, pode ser surpreendente, mas é assim que muita gente pensa.

Você não acredita, então responda, por que os anúncios classificados de certas empresas levam aquela frase com o preconceito em negrito: idade máxima 40 anos. Essas empresas julgam os homens com mais de quarenta anos velhos demais para conseguirem sucesso profissional. E acham normal que eles comemorem o dia do trabalho numa fila de desempregados.

Mas isso tem que acabar. Nenhum país pode se dar ao luxo de desperdiçar o potencial de seus homens mais experientes. Empregador, tire dos anúncios classificados de sua empresa a frase com o preconceito em negrito - idade máxima, 40 anos - e procure descobrir o talento e a vontade de trabalhar que podem estar escondidos dentro de uma cabeça coberta de cabelos brancos.

Lembre-se que todos os homens que você viu aqui fizeram sucesso bem depois dos 40.

Assinatura: Conselho Nacional de Propaganda.

A ficha técnica do comercial, segundo o post Nosso primeiro leão de ouro publicado com os créditos para Nelson Cadena no blog Almanaque da Comunicação, seria essa: criação de Francesc Petit, Washington Olivetto, producão gráfica de Ronald Persichetti, fotografia Roberto Mateo, locução de Ferreira Martins e direção de Andrés Bukowinski (ABA Filmes).

Pelo video dá pra imaginar um tempo bem diferente dos dias de hoje, esta faixa de idade sendo vista com muitas limitações, além até do mercado de trabalho, onde a própria aparência e capacidade física e de saúde deveriam ser outras. O filme nem cita mas o papel da mulher no mercado de trabalho também deveria ter dificuldades e preconceitos explícitos nos classificados de empregos nos jornais.

Pra finalizar, a sinopse do programa Roda Viva cita o livro autobiográfico O que a vida me ensinou, escrito por Washington Olivetto e que traz na capa a frase "prestígio é melhor do que sucesso".


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31.3.10

Coworking ganhando espaços

Em janeiro a revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios publicou a matéria - Uma nova forma de trabalhar - escrita por Rafael Farias Teixeira sobre coworking e, como ele mesmo traduziu, cotrabalho. Pelo que entendi, Rafael visitou 3 endereços em São Paulo/SP e conversou com os empreendedores do Ponto de Contato, The Hub São Paulo e Serralheria.

Rafael tb entrevistou Tony Bacigalupo, criador do espaço cowork New Work City e autor do livro I’m Outta Here: How coworking is making the office obsolete (Estou fora daqui! Como o coworking está tornando o escritório obsoleto). A entrevista - O fim do escritório formal? - começa defendendo que a idéia de compartilhar o espaço de trabalho neste formato surgiu em 2005, criado pelo analista de sistemas Bred Neuberg, nos Estados Unidos, como alternativa para trabalho em casa. Apesar de ser difícil determinar o que exatamente se constitui um espaço de coworking, Tony acredita que nos EUA já existam mais de 100 espaços. Na entrevista, ele avisa:
É um ambiente de trabalho melhor do que sua sala, mais flexível e possivelmente mais barato. É uma ótima forma de se conectar com pessoas talentosas, pessoas com quem você pode trabalhar também.



Ponto de Contato

O repórter conversou também com Fernanda Nudelman Trugilho ( @aFedoPto ), que junto com Daniel Fiker criou o Ponto de Contato em 2008, um investimento de R$ 80 mil, segundo a matéria. Fernanda era publicitária free-lancer e trabalhava no modelo home-office, segundo ela "enfrentando problemas de falta de infraestrutura, de privacidade e, principalmente, de disciplina, de uma separação entre vida pessoal e trabalho". Funcionando em um pequeno prédio no bairro de Pinheiros em São Paulo, abriga empresas e profissionais liberais como Regina Magalhães, criadora e dona da Editora Biografias e Profecias e Bruno Amaro, sócio-diretor da Mona Estratégia Cultural, entre os 16 e 20 usuários do Ponto de Contato. A convivência entre os diferente profissionais é uma das vantagens do coworking, inclusive comercial, como revela Bruno:
Somos cinco, mas acreditávamos que não era preciso alugar um espaço para nossa empresa, nós descobrimos o coworking e achamos muito interessante essa interação com empreendimentos de outras áreas. Uma das vantagens é a possibilidade de novos contatos comerciais.

The Hub São Paulo

Ainda para a revista PEGN, Rafael Farias Teixeira esteve no The Hub SP e entrevistou a coordenadora do espaço Maria Piza, que definiu o conceito do empreendimento, que busca pequenas empresas e trabalhadores focados em inovação e sustentabilidade:
Nós reunimos empresas que buscam lucro, mas também alguma melhoria para o mundo. Aqui é um ótimo lugar para pessoas e empresas alinhadas a esse conceito ou que queiram agregá-lo ao seu empreendimento.
O The Hub tem 140 integrantes, que pagam entre R$ 50 e R$ 665 por um espaço. Entre eles estão Eduardo Freitas, sócio-diretor da empresa EcoAct e Daniel Contrucci e Ricardo Gravita da operadora de turismo sustentável Aoka. Quem tb ocupou o espaço na Rua Bela Cintra até o começo deste ano foi a Amanaie, empresa de aplicativos em Open Social, que hoje compartilha o endereço com a Justmail, uma das empresas de seu novo sócio Gil Giardelli. O que mostra que locais de coworking podem funcionar também como incubadoras, aliás, sobre o The Hub, já tinha postado aqui na época da inauguração: Coworking em SP, teletrabalho e laje.

Serralheria e Casa de Cultura Digital

O repórter Rafael Farias Teixeira tb cita a Serralheria, aberta no bairro da Lapa no final de novembro de 2008 por Juliana Cernea. Visitei o site, onde copiei estes trechos da descrição:
A Serralheria é um espaço voltado ao acontecimento, à criação e aos bons encontros.
Buscamos a pesquisa e a experimentação em diferentes formas de expressão: música, vídeo, performance, artes gráficas, gastronomia e boas conversas… (...) O espaço também pode ser sublocado para locação fotográfica e áudio-visual, palestras e encontros. (...)
Deu a impressão que é um formato menos comum, mais alternativo e artístico de profissionais e empresas em cowork. Sendo assim, vale citar a Casa da Cultura Digital, coletivo que reúne em um mesmo local empresas como Garapa , Fli Multimídia, Esfera, Nunklaki, VJ Pixel, Beijo Técnico, Veredas, Maracá e Gasosa. Ocupando várias casas em uma réplica de uma vila italiana preservada na Barra Funda (álbum Parque Savoia no Flickr), o coletivo existe desde junho de 2009 e no último dia 21 de março sediou a versão local do festival mundial de usuários de Twitter: Twestival Global São Paulo 2010 - Casa da Cultura Digital.

Finalizando, conheci a Fernanda do Ponto de Contato na Conferência Internacional sobre Redes Sociais em Curitiba, ela comentou que tinha muita gente interessada no formato naquela cidade. Pesquisando, descobri o blog Coworking em Porto Alegre, onde o engenheiro Eduardo Schmitt tenta reunir pessoas interessadas em abrir um espaço na capital gaúcha. Quem tb preparou uma pesquisa de 198 páginas sobre o tema foi Alessandra Colla Soletti, diretora de marketing e comunicação da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt), que mantém um blog no endereço Justale.com.br.


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18.3.10

Livro original de Alice no País das Maravilhas

Aproveitando a chegada do novo filme de Tim Burton, Alice, o livro original, manuscrito e desenhado à mão por Lewis Carroll (ou Charles Lutwidge Dodgson, nome verdadeiro do autor) está disponível digitalizado no site da Biblioteca Britânica.

É só acessar: Lewis Carroll's Alice's Adventures Under Ground

Fiquei sabendo da notícia no post The original Alice is now online publicado no Joho The Blog. Lá diz que esta obra de 1864, dedicada à menina Alice Liddell, tem diferenças em relação a primeira edição impressa: 2 capítulos adicionados e eliminação de referências particulares no texto.


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28.12.09

Luis Fernando Verissimo fala sobre Twitter

Tuite. "Só para não haver mal-entendido: não tenho twitter, nunca terei twitter, nem sei bem o que é twitter. Obrigado."
Frase de Luis Fernando Verissimo em sua coluna no Estadão - Ode à manteiga (para assinantes) - publicada em 10/12/2009.

Pelo histórico do escritor com a internet, com inúmeros textos apócrifos circulando como se fossem de sua autoria, fiz uma busca e encontrei no Twitter o perfil @LuisFVerissimo, criado em 9 de junho deste ano, hoje com 23.446 seguidores.

Ver!ssimo (LuisFVerissimo) on Twitter.png by wagnertamanaha on Aviary
Veríssimo (LuisFVerissimo) on Twitter.png by wagnertamanaha on Aviary

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24.1.09

C2C - De cliente para cliente

Hoje o C2C é uma sigla esquecida. Traduzida como “consumidor para consumidor”, “cliente para cliente”, ou mesmo, “pessoa para pessoa”, nos anos 90 usávamos para definir o comércio eletronico feito de forma direta e descentralizada. O Ebay e o Craigslist são os exemplos comumente usados para definir o termo, sites que sobreviveram à primeira bolha pontocom e sempre operaram com lucro.

O Craigslist, serviço de ofertas de produtos e serviços, grátis, de visual modesto e utilitário, ocupou o espaço antes protagonizado pelos classificados de jornais graças também ao seu caráter regional e de vizinhança. Seu fundador virou símbolo do empreendedor idealista, que recusou investimentos e ofertas de empresas poderosas, para manter o serviço mais prático e útil possível para seus usuários.

O Ebay, site de leilões cuja lenda intencionalmente difundida afirma ter sido criado para a namorada do seu fundador, colecionadora de Pez, é o exemplo emblemático do C2C. Além de ter potencializado as transações entre consumidores, também é a metáfora perfeita do ideal do mercado liberal, com preços flutuando de acordo com a lei da oferta e procura. Símbolo de que o preço justo das coisas poderia enfim ser alcançado.

O site de leilões acabou se tornando sinônimo do C2C e, dentro dele, todas as variações de produtos, serviços, comunidade e relacionamento podem acontecer. Por isso defendo que o Etsy, mercado online de artesãos, e ainda o Threadless, comunidade de desenhistas de estampas de camisetas, também podem ser entendidos como mercados C2C. Comunidades de artesãos e aficcionados sempre existiram dentro do Ebay e surgimento de outros espaços com identidades próprias e especializadas prova que o conceito continua indo além. O artesanato vira uma atividade de lazer e de renda, assim como costurar, cozinhar ou fazer trufas de chocolate em casa para vender para os vizinhos e colegas do trabalho ou escola.

O C2C mostrou que na internet os mercados podem ser construídos e evoluir a partir da relação entre pessoas e consumidores, sem necessitar de empresas, intermediários e corporações. Se mercadorias, bens e serviços podem ser produzidos e transacionados diretamente entre os consumidores, por que não o próprio dinheiro? Sites como o Prosper, Zopa e Kiva são espaços para os usuários trocarem empréstimos e financiamentos. O Zopa, em sua página de boas vindas, chegou a estampar este mantra: pessoas são melhores do que bancos.

E além da produção, comércio e moeda (o Ebay é dono do PayPal e o Mercado Livre tem o Mercado Pago), eu incluiria a comunicação. O marketing boca-a-boca, o buzz e o viral, que também ganharam enorme visibilidade com o crescimento da web, podem ser entendidos como uma postura C2C. Se trocarmos uma letra, temos o CGC, conteúdo gerado pelo consumidor, ou continuando, UGC, conteúdo gerado pelo usuário.

Quando adotamos novos termos como software, mídia e rede social, deixamos de lado o C2C, assim como B2B e B2C, contrapontos corporativos. Mas se a sigla não serve mais para explicar inovações, ainda não é hora de ser arquivada no passado, como o push content (envio de conteúdo sob demanda) ou renegada e estigmatizada, como o email marketing (marketing de relacionamento por email). Com o sucesso e crescimento de movimentos como o Software Livre e a Wikipedia, mesmo no limbo, o C2C prova e provoca que as empresas e corporações agora são dispensáveis. Revela também que na sociedade em rede, ser indivíduo não significa estar isolado.

Artigo publicado originalmente no E-book e Blog Para Entender a Internet.

13.1.09

Livros para trocar, voar e libertar pela web


Semana passada a Tayra Vasconcelos, com quem trabalho na Espalhe, escreveu em seu blog que uma das resoluções de ano novo seria exercitar o desapego aos bens culturais. Por causa da mudanca de residência e o trabalho na divulgação do projeto Livro Para Voar, onde postos da Ale Combustíveis se tornaram zonas oficiais de Bookcrossing no Brasil, Tayra agora libertou livros de seu acervo, depois de doar dvds, cds, e brinquedos que mantinha em sua antiga casa. Você faria o mesmo? Também acha que a informação e o conhecimento pode ser mais importante do que a posse do objeto que a contém?

O movimento Bookcrossing lancou em 2001 o conceito de troca de livros, incentivando até mesmo o abandono deles em lugares públicos ou em zonas específicas, onde cada exemplar quando cadastrado no site pode ser identificado, comentado, rastreado e acompanhado por outros participantes do projeto. Matéria no suplemento Vitrine da Folha de SP - Corrente Literária (para assinantes) - publicada em 12/04/2008, explica como funciona o Bookcrossing e destaca na mesma edição que o Interesse Cresce no Brasil. Por aqui, os filiados ao movimento passaram de 200 para 3.700 nos últimos 5 anos, no mundo todo eram 600 mil com 4,6 milhões de livros incritos na época da reportagem.

A primeira zona oficial de Bookcrossing em São Paulo foi a creperia Central das Artes, Helena Castello Branco, fundadora do ponto acredita que o livro deixado em uma zona oficial tem mais retorno do que os simplesmente deixados na rua. Segundo a estimativa dos organizadores menos de 5% dos livros deixados em lugares públicos sao registrados no site, na zona oficial mantida por Helena este número sobe para 15%. A própria reportagem da Folha libertou 3 livros em lugares públicos e na Central das Artes, mas nenhum deles havia sido cadastrado até o fechamento da edição. Depois da reportagem, além dos postos Ale, surgiram outros pontos oficiais na cidade, os restaurantes America e o bar Salommão.

Outros movimentos de troca de livros também podem ser destacados, nota no Estadão - Pegue, leia e deixe o livro em um local público - publicada em 28/10/2008, também cita a Semana do Livro Livre promovida pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A campanha disponibilizou 5 mil titulos e 15 mil exemplares em 27 estações de trem na grande Sao Paulo. Maria Candida de Assis, idealizadora do projeto que também recomenda que o livro recebido seja abandonado em algum lugar público depois de lido, acha que a afirmação de que o brasileiro não lê é uma mentira e o que as pessoas não tem e acesso ao livro. Escritores e poetas aproveitam o evento para lançar e divulgar seus livros, o Estadão citou o autor Sergio Castro Barreto e Rubens Neco da Silva, que participa do projeto pela terceira vez desde que que foi iniciado em 2006.

Outra iniciativa de destaque e o LivroLivre.art.br, que promove blitz literarias em feiras, faculdades e eventos literários. Segundo Pedro Markun, o site foi criado e inaugurado na Feira Literaria de Parati (Flip) ano passado. Ele ficou incomodado que a cidade, que na Flip chega a reunir milhares de visitantes, profissionais do mercado editorial e a atenção da midia nacional, tem apenas 1 biblioteca e 1 livraria.

Para quem quer se desfazer de seus livros mas ainda acha que não tem o desapego suficiente, sebos e sites de leilão (como o Mercado Livre) podem ser uma opção. Nota da colunista Flavia Oliveira no jornal O Globo - Estante Virtual Adota Cartão (scan em jpg) - publicada em 10/12/2008, conta que as pessoas que vendem livros pelo site respondem por 8% das transações do portal Estante Virtual. Estes usuários sao chamadas de leitores-livreiros, que convivem com cerca de 1.200 sebos e livreiros do Brasil. Criado em 2007, tem em catálogo 3,4 milhoes de livros e seu criador e diretor Andre Garcia espera dobrar as vendas este ano com a opção de pagamento com cartão de crédito, alcançando a soma de R$ 36 milhões.

Doando, trocando ou vendendo, o importante é que iniciativas como esta incentivem cada vez mais a leitura e a educação. Chamando atenção para dismistificar o livro como um objeto fetiche, as vezes idolatrado como simbolo de uma elite intelectual e social que foi posto em cheque por outros meios eletrônicos e agora principalmente pela internet.


Post publicado originalmente em meu Blog no Yahoo! Tecnologia.

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12.1.09

Mega Festa Nerd

Começa segunda a segunda edição da Campus Party Brasil, um mega evento tecnológico onde os participantes tem a opção de levar seus computadores e acampar no local, usufruindo da estrutura de acesso a internet e a convivência com aficcionados, geeks e nerds de todos os tipos.

Notícia aqui no Yahoo! Tecnologia fala das atividades programadas do portal - Yahoo! terá maior participação no Campus Party - e lembra do sucesso do stand do Flickr ano passado e da comunidade Flickr Campus Party no site de compartilhamento de fotos. Este ano o festival deixa de acontecer na Bienal, no Parque Ibirapuera, e muda para o Centro de Exposições Imigrantes. Apesar da distânia, algumas caracteristicas podem se repetir, games e modificações de computador (casemod) chamando a atenção da imprensa, o comparecimento de blogueiros, defensores do software livre e grande presença feminina, que faz a Campus Party brasileira ter um perfil diferente de publico em comparação com a Espanha, país onde foi concebida.

Se tudo der certo eu tambem estarei la, desde que comecei a trabalhar em redes sociais acompanho os estudos sobre novas métricas e medições envolvendo a área. Reputação, influencia, autoridade, relevancia, novos e infinitos critérios que serão discutidos por acadêmicos e pesquisadores como Alex Primo, e Raquel Recuero, que aproveita pra lançar seu e-book Blogs.com, uma coletânea de trabalhos sobre blogs no Brasil, escrito em parceria com Sandra Montardo e a Adriana Amaral. Talvez muitos dos blogueiros profissionais e o mercado nascente de social midia vai estar presente, se isso acontecer, faço um paralelo com o Festival de Cannes, que virou uma feira de negócios do mercado de publicidade, mais do que uma competição e mostra de criatividade.

Além do Campus Blog, patrocinado pelo Yahoo! Posts, pretendo acompanhar o Campus Verde e as novas e velhas (ou recicladas) tecnologias sob o ponto de vista do meio ambiente. Isso por conta do meu trabalho com a Rede Ecoblogs e para ver de perto o que foi apontado - Previsões 2009 e Retrospectivas 2008 - como tendência crescente a partir deste ano, o Green IT. Desta vez espero que não se repitam as imensas filas no cadastramento, as falhas no site e morosidade do processo, cenário que remete direta e negativamente a Telefonica, que concebeu e patrocina a Campus Party. Alias, fato que gerou desafetos como revelou a matéria recente na Folha de SP: Antes da estreia, Campus Party é alvejada por blogueiros.

Post publicado originalmente em meu blog no Yahoo! Tecnologia.

12.8.08

Flickr Night com Artacho Jurado


Upload feito originalmente por Capitu.

Dia 01 de agosto aconteceu a Flickr Night em São Paulo, no salão de festas do Edifício Planalto no centro da cidade. O encontro reuniu os membros do Flickr, popular serviço de compartilhamento de fotos cujo site tem recursos que permitem a criação de comunidades e redes sociais. A própria Flickr Night foi organizada com a participação dos usuários e para participar os interessados tinham que possuir uma foto noturna em alta resolução compartilhada no grupo.

Semanas antes já tinha acontecido o Flickr Day, desta vez no terraço do Edificio Viadutos, também no centro de São Paulo. Em comum, além do formato dos encontros, a vocação fotogênica dos elementos decorativos e da vista da cidade do alto dos prédios construídos por João Artacho Jurado nos anos 50. O Edifício Planalto foi inaugurado em 1956 e o Viadutos em 51.

Os encontros são fruto da aproximação do Yahoo! Brasil com os usuários de seus serviços e acontecem desde o ano passado. Em 2007 ocorreu o primeiro encontro com membros do Flickr, da mesma forma, os blogs também visitaram a sede da companhia. Em julho, a equipe de inovação esteve no país e reservou um dos dias para um evento aberto a convidados na Casa Gafanhoto. Todos estes eventos comentei aqui nos posts Flickr Day Yahoo! Brasil, Yahoo! Hack Day no Brasil e Yahoo! BrickHouse no Brasil.

Os encontros do Flickr em prédios de Artacho Jurado também servem para revitalizar uma parte da arquitetura da cidade que sempre se destacou visualmente, mas ficou distante da unanimidade acadêmica. Artacho foi um construtor, empreiteiro e empreendedor que ousou em desenhar e projetar seus prédios sem ser arquiteto formado.

O livro Artacho Jurado Arquitetura Proibida, de autoria do prof. Ruy Debs Franco, foi lançado recentemente pela editora Senac. Eu mesmo colaborei com a pesquisa, acompanhando o prof, Ruy em visitas aos prédios e casas do construtor e reunindo informações em uma comunidade Artacho Jurado no Orkut, no próprio Flickr e fotos no Multiply.

Dia 30 de agosto o prof. Ruy vai fazer uma palestra sobre seu livro no mesmo salão de festas do Edificio Planalto, estarei lá novamente e estão convidados aqueles que quiserem conhecer mais sobre o Artacho , tirar fotos e visitar o local de onde, mesmo em obras, a familia Artacho assistiu as comemorações das festas do V Centenário de São Paulo que aconteceram no vale do Anhangabaú 58 anos atrás.


Post publicado originalmente em meu Blog no Yahoo! Tecnologia.

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27.7.08

Lendas Urbanas e Teorias da Conspiração

bonecos

Matéria na Folha de São Paulo - Guia de sites compila teorias conspiratórias na internet - publicada em 22/07/2008 fala sobre o livro Web of Conspiracy, um guia de sites sobre teorias da conspiração na internet. Os autores James F. Broderick e Darren W. Miller pesquisaram e selecionaram 21 teorias, desde as mais polêmicas como as que contestam o suicídio de Marilin Monroe e Jim Morrisson e até as mais curiosas, como o Experimento Filadelfia, suposta tentativa de teletransportar um navio, promovido pela marinha americana.

Os autores reuniram apenas teses defendidas por intelectuais e cientistas, como Brenda James, que escreveu o livro The Truth Will Out: Unmasking the Real Shakespeare (A verdade vem a tona: desmascarando o verdadeiro Shakespeare) que revela que o questionamento da obra do dramaturgo inglês vem desde o século XVIII. O site do livro ( Webofconspiracy.net ) ainda reune links sobre o atentado às torres gêmeas de 11 de setembro, que é considerado pelos autores como o primeiro fato cujas teorias conspiratórias tiraram proveito do imediatismo proporcionado pela popularização do registro digital e da internet.

No suplemento de Informática do mesmo jornal, outra matéria - Internet Deu Fôlego a Lendas Urbanas, Diz Pesquisador - publicada em 20/02/2008, fala da tese de doutorado defendida por Carlos Renato Lopes na Universidade de São Paulo (USP). Formado em letras, Carlos analisou por 2 anos mais de 12 mil mensagens espalhadas pela internet, a maioria registrada no site Snopes.com, especializado em boatos. Historias como desodorantes que provocavam câncer de mama, jovens que se envolvem com homens para espalhar o virus da Aids, mulheres de branco que faz vítimas em estacionamento de shopping centers, etc, quase sempre enviadas com o assunto urgente ou confidencial.

O estudo concluiu que estas lendas urbanas quase sempre não tem autoria definida e envolvem elementos do cotidiano. Carlos revela que a historia do roubo de rins na banheira, retirado por traficantes, e contada desde pelo menos o final do século XIX. As lendas são adaptadas a diversas cidades e tem em comum os assuntos do momento - doenças, ataques e escândalos - e delineiam contrastes entre segurança e violencia, risco e conforto e quanto mais abalam o cotidiano, mais impacto causam.

Na mesma reportagem, uma nota complementa - Nua em NY: Top Brasileira Foi Foco de Uma História Fantasiosa (para assinantes) - o pesquisador cita uma lenda de vida curta: a história de que a top model Gisele Bundchen sairia nua em Nova York caso o time de seu namorado, Tom Brady, perdesse o campeonato de futebol americano.

Post publicado originalmente no blog do Yahoo! Tecnologia.

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7.6.08

Yahoo! BrickHouse no Brasil

Gafanhoto Web Innovation

Matt Fukuda e Michael Quoc do time de inovação do Yahoo! BrickHouse estiveram no Brasil para participar o Gafanhoto Web Innovation que aconteceu dia 04/06/2008 em São Paulo. Matt e Michael contaram um pouco do papel de fomentar a inovação dentro da companhia, baseado no livro The Innovators Dilemma apoiam o conceito da inovação disruptiva, incentivam novas idéias em Yahoo! Hack Days - cujas ediçoes em Londres e no Brasil já comentei aqui na seção Mobs da coluna. Nestes dias, pessoas de todos os departamentos trazem idéias que depois são colocadas em prática com times pequenos, formado por 5 a 6 pessoas, que tem de 4 a 6 meses de prazo para colocar no ar. O maior sucesso da iniciativa, que segundo o blog interno Yodel Anecdotal (em inglês) começou ano passado, foi o Yahoo! Live, que no ar desde fevereiro deste ano já alcançou 11 milhões de usuários.

Entre outros palestrantes, Vasco Furtado comentou a presença no evento em seu blog - Wikicrimes no Gafanhoto - e entre os participantes, Carol, da agência de redes sociais Dudinka, escreveu no blog Meu Veneno: Web Innovation no Gafanhoto.


Publicado originalmente no Yahoo! Tecnologia.

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31.5.08

O game do físico

No fim do ano passado o físico Marcelo Gleiser lançou o game educacional Operação Cosmos: A ameaça da gigante vermelha, onde explica conceitos de física, química e astronomia aliando entretenimento e ação. Segundo matéria no Link Estadão - Física que se aprende brincando - publicada em 31/12/2007 Marcelo é professor no Darthmouth College em Hanover/EUA e autor do Livro A Dança do Universo, entre outros, o game surgiu de uma idéia de uma amiga Silvana Nuti e e foi feito em parceria com a produtora Redalgo e o estudio Overplay.


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10.5.08

Carolina Terra do Mercado Livre

Carolina Terra - Mercado Livre

Dia 30 do mês passado, Carolina Terra, coordenadora da área de comunicação do Mercado Livre, teve seu perfil profissional e acadêmico publicado no blog Acheme7. Segue um copy paste do post:

Voz acadêmica
30/04/2008 - Aloisio Sotero/Manoel Fernandes

Aos 28 anos, Carolina Terra está muito longe de ser uma profissional em ascensão. Formada em Relações Públicas e considerada "nerd" pelos irmãos, ela já coordena a área de comunicação do Mercado Livre, o maior serviço de leilão eletrônico da América Latina, ensina em duas universidades, faz palestras, iniciou o doutorado na Universidade de São Paulo e ainda, nos finais de semana, participa de jogos profissionais pela liga paulista de handebol.

Esse currículo já seria suficiente para perguntar como ela gerencia a agenda, que começa todos os dias às 06h30 com uma hora de ginástica na academia próxima do trabalho e termina por volta das 23h quando chega em casa. Só que o maior mérito de Carolina é a sua contribuição para o melhor entendimento do fenômeno das redes digitais de relacionamento, que se traduzem em marcas como Orkut, Flickr, Youtube, Google, MySpace e outros inúmeros serviços do gênero espalhados pela internet. Em parte, graças ao seu esforço pessoal o tema que hoje toma conta da agenda das empresas está sendo discutido, debatido, criticado e analisado por acadêmicos e especialistas. Antes do atual doutorado que vai analisar o impacto das redes sociais dentro do mundo corporativo, ela fez uma tese de mestrado sobre como a área de relações públicas pode utilizar o mundo digital para amplificar a mensagem dos seus clientes.

"É o meu assunto preferido: ajudar as corporações a conversar com os seus clientes por meio das redes digitais de relacionamento", afirma Carolina. A tese defendida em 2006 tem 173 páginas e é um bom ponto de partida para quem deseja entender o novo universo no qual as empresas estão mergulhadas. Um dos capítulos da dissertação de mestrado se transformou no livro Blogs Corporativos – Modismo ou Tendência? Graças a essa publicação, Carolina tem viajado pelo Brasil para fazer palestras. Nesses encontros com empresários a pergunta se repete: toda companhia precisa ter um blog ou uma estratégia para as redes sociais. Carolina está quase formatando uma resposta padrão. "Nem todas as empresas estão preparadas para enfrentar esse desafio que exige disciplina, transparência e muito suor. Infelizmente, nem todos atingiram esse nível que a cada dia fica mais forte entre os consumidores", diz Carolina.

Quem quiser conhecer, Carolina tem o blog RPalavreando e o Twitter @carolterra


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Frase de Julia Vehuiah (Lenira Almeida Heck)

"Sou professora, não dependo só dos meus livros para viver."
Lenira Almeida Heck, na Folha de SP sobre o fato de disponibilzar seus livros gratuitamente e sob domínio público na internet.

Lenira usa o apelido de Julia Vehuiah para assinar a autoria de seus livros, que estavam entre os 10 mais baixados do portal Dominiopublico.gov.br em janeiro de 2008.


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Dicionário de 1712 e obras raras na internet

Nota aqui no Yahoo! Tecnologia - Instituto da USP põe na Internet 1o Dicionário de Português - publicada dia 24/04/2008, conta do projeto do Instituto de Estudos Brasileiros que digitaliza obras raras. Disponível no site Ieb.usp.br/online o Vocabulário de Portuguez e Latino, de 1712, e o Dicionário de Medicina Popular de 1842.


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12.4.08

É grátis ou tem mecenas por trás?

Free Hugs

"Estou de saco cheio do Chris Anderson. O que ele está descobrindo? O Mecenato? O mecenato tem um trilhão de anos."
João Marcello Bôscoli, presidente da gravadora Trama, mencionando o autor do novo livro Free (Grátis) em entrevista publicada no Estadão em 03/03/2008.


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5.4.08

Obras digitalizadas, domínio publico e boato

Notícia publicada aqui no canal - Instituições Digitalizam Obras Raras Para Publicá-las na Rede - dia 02/04/2008, conta dos projetos da Cinemateca Brasileira e Centro Cultural São Paulo na digitalização de seus acervos de filmes e arquivos de áudio. Um exemplo já iniciado nesta área é do Instituto Moreira Salles (IMS), com acervo disponível na web em música e fotografia.

O portal Domínio Público mantido pelo Ministério da Educação reúne obras literárias sem restrições de direito autoral e recentemente divulgou o ranking de obras mais baixadas pelos visitantes. Notícia na Folha - "Divina Comédia" Lidera em Site Literário - publicada em 03/01/2008 conta que a liderança é da obra escrita por Dante Alighieri no século XIV. Escrita originariamente em toscano e cuja versão disponível no portal foi traduzida para o português por José Xavier Pinheiro, baiano morto em 1882, atingiu 168.416 downloads até a data da reportagem. Como a obra de Shakespeare A Comédia dos Erros esta em 4o no ranking (68.990 downloads), funcionários do MEC brincam com a suspeita de que os usuários estariam baixando as 2 obras pensando que seriam cômicas.

A professora Lenira Almeida Heck (pseudônimo Julia Vehuiah), moradora de Lajeado (RS) tem 3 obras entre as 10 mais baixadas no portal, e com Fernando Pessoa completa a lista de autores do ranking.

Boato do fechamento do portal Dominio Público

Aliás, este portal foi motivo de boatos de fechamento que circulam por correntes de email e na blogosfera desde 2006, como atesta o blog de Paulo Lopes: Portal Domínio Público Não Vai Fechar. Ele lembra que o Bluebus recebeu um destes emails e publicou:
1 lugar onde se pode acessar gratis livros, pintura e musica, vai acabar
12:01
Blue Bus recebeu email sobre "1 lugar onde se pode ler gratuitamente as obras de Machado de Assis ou A Divina Comédia, ou ter acesso às melhores historinhas infantis de todos os tempos. 1 lugar que lhe mostrasse as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci. Onde você pudesse escutar músicas em MP3 de alta qualidade". Informa - "O Ministério da Educaçao disponibiliza tudo isso, basta acessar o site dominio publico. Só de literatura portuguesa sao 732 obras". Alerta - "Estamos em vias de perder tudo isso. Vao desativar o projeto, já que o número de acessos é muito pequeno. Para reverter a situaçao precisamos divulgar e incentivar as pessoas a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminaçao da cultura e do gosto pela leitura" - obrigado pela nota, Gustavo. 13/3/2007


Post originalmente publicado no Yahoo! Tecnologia

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